Evita do Monte, chamada assim por alguém que a fez sentir especial na adolescência e por esse motivo decidiu adotar este nome.
Nasceu numa pequena cidade na Serra da Estrela, com uma alma inquieta e um coração sensível demais para este mundo apressado.
Desde a quarta classe, que começou a registar os seus desabafos em diários que acumulou aos longo dos seus anos.
Na sua adolescência transformou os seu diários em versos, poesias, reflexões - uma forma de embelezar os dias mais cinzentos.
Descobriu que escrever era mais do que uma forma de escapar - era uma forma de sentir leveza na alma, de existir com verdade, de partilhar tanto o de mau como o de bom, era a sua forma de não se sentir julgada. Sentia-se protegida.
Aos 45, começou a revisitá-los com outra luz.
Este livro é o encontro entre essas duas versões de si mesma: a que sentia tudo como se fosse o fim do mundo, e a que hoje sabe que tudo passa - até a dor.
Criativa, sonhadora, intuitiva e intensa, acredita que todos carregamos dentro de nós uma conversa por ter com o céu - e que quando temos coragem de a escrever, começamos a curar.
Evita, vê com bons olhos o facto de não sentir mais esta vontade de desabafar desta forma, sinal de que aprendeu a lidar melhor com o que sente. Não deixou de sentir de forma intensa, apenas aprendeu a transformar, gerir as emoções. Mas desafios continuam sempre a aparecer e ela continua a aprender.
